Recomendações para famílias endividadas renegociarem dívidas

Recomendações para famílias endividadas renegociarem dívidas

Endividar-se é um desafio que atinge milhões de famílias brasileiras, mas renegociar dívidas pode ser o primeiro passo para recuperar o controle financeiro e respirar aliviado. Com planejamento, informação e apoio especializado, é possível transformar um cenário de aperto em uma nova chance de equilíbrio.

Por que renegociar é essencial

Segundo levantamento da Serasa, em junho de 2025 o Brasil registrava 77,8 milhões de pessoas endividadas. Já a Confederação Nacional do Comércio (CNC) apontou que 78,5% das famílias têm algum tipo de dívida em aberto.
Esses números mostram que o endividamento é um problema estrutural — e que buscar renegociação e revisão de contratos é uma atitude de responsabilidade, não de fracasso.

A boa notícia é que existem caminhos acessíveis para reorganizar as finanças, especialmente com o apoio de profissionais que entendem o mercado financeiro e a legislação vigente.

1- Faça um diagnóstico completo das dívidas

Antes de negociar, é essencial saber quanto se deve e para quem.
Liste cada dívida com o valor total, taxa de juros e prazo. Isso permite identificar quais são as mais urgentes e quais podem ser renegociadas com mais tranquilidade.

Segundo o SPC Brasil, mapear as dívidas é o primeiro passo para uma negociação eficaz, evitando aceitar propostas desvantajosas sem entender o impacto real no orçamento.

2- Priorize as dívidas mais caras e urgentes

Nem todas as dívidas têm o mesmo peso. Dê prioridade às que cobram juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial, e àquelas que podem gerar riscos de corte de serviços ou perda de bens.

O Sicredi orienta que, ao negociar, o consumidor demonstre boa-fé e explique sua situação — isso ajuda a conquistar melhores condições de pagamento.

3- Aproveite programas de renegociação oficiais

Existem iniciativas públicas que podem ajudar famílias endividadas:

  • Desenrola Brasil — criado pelo Governo Federal, permite renegociar dívidas bancárias e contas atrasadas com descontos expressivos.
  • Renegocia — programa nacional de renegociação com foco em acordos diretos e parcelamentos facilitados.
  • Lei do Superendividamento (Lei 14.181/2021) — garante ao consumidor o direito de propor um plano de pagamento justo, com preservação do mínimo existencial.

Esses programas podem ser acessados em plataformas oficiais como o gov.br e oferecem condições mais equilibradas para quem está no vermelho.

4- Vá preparado para negociar

Renegociar é uma conversa — e exige preparo.
Leve informações sobre sua renda, despesas fixas e proposta de valor que caiba no orçamento.

Segundo a Creditas, apresentar um plano de pagamento realista e transparente aumenta a chance de sucesso na renegociação. O ideal é não aceitar parcelas que comprometam mais de 30% da renda mensal.

5- Busque redução de juros e descontos à vista

Muitos credores oferecem abatimentos de até 80% em acordos à vista, segundo o “Mapa da Inadimplência” da Serasa.
Mesmo que o pagamento parcelado seja necessário, é importante comparar o total final da renegociação — um desconto aparente pode esconder juros altos no longo prazo.

6 – Evite contrair novos empréstimos

Uma das armadilhas mais comuns é tentar “pagar uma dívida com outra”.
O Banco Central orienta que o consumidor avalie o Custo Efetivo Total (CET) de qualquer operação antes de assinar um novo contrato, evitando transformar uma renegociação em mais endividamento.

7- Formalize o acordo e acompanhe tudo

Exija que o acordo seja registrado por escrito e leia as condições com atenção.
Se houver divergência entre o que foi prometido e o que está no contrato, o consumidor pode acionar o SAC, a Ouvidoria da instituição ou registrar reclamação no Banco Central.

8- Reorganize o orçamento para não voltar ao vermelho

Renegociar é apenas o começo. O verdadeiro desafio é manter o equilíbrio.
Monte um orçamento familiar, corte gastos desnecessários e crie uma reserva de emergência.

Segundo o BTG Pactual, controlar o uso do crédito e estabelecer metas financeiras mensais são passos fundamentais para evitar o retorno do endividamento.

Conclusão: renegociar é um recomeço

Renegociar dívidas é um gesto de responsabilidade e planejamento.
Mas quando há juros abusivos ou cláusulas desequilibradas, é preciso ir além da negociação — é hora de revisar o contrato.

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